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O blog Informare é o espaço reservado para colocar todos os textos que serão produzidos pelos alunos do projeto Ultra Formare.

quinta-feira, 14 de outubro de 2010

:: História :: Afundando

Dedicatória
“A todos aqueles que fazem parte e acrescentam coisas na nossa vida. A aqueles que vêm de boa vontade nos transmitir e passar conhecimento, que largam o serviço e às vezes até se complicam para poder dar aula para seus queridos alunos. Esses que contribuem com nossa evolução como cidadão, profissional e como pessoa. Esses que adoramos e reconhecemos o esforço que fazem por nós. Simplesmente aqueles quem nos inspiramos e espelhamos, são estes, os nossos educadores voluntários.”








Por William Leal





Início de mais um ano letivo na Escola Presidente Vargas, como sempre, muitas novidades, gente nova e mudada, enfim, nada de anormal em uma escola.
Na 8ª série C, uma classe bem agitada, além da mistura normal que acontece nas transições de série, entra um aluno novo que nunca estudara antes naquela escola, seu nome é Diego. Sentindo-se só, fica no seu canto observando as pessoas e seus respectivos grupos. Por não conhecer ninguém suficientemente, não sabia de quem se aproximar; assim, decidiu esperar quais pessoas se aproximariam dele. Geralmente, a maneira de um garoto se aproximar de outros é por coisas relacionadas a futebol, tanto de conversas quanto a própria prática dele. No entanto, não foi desta maneira ou por esse motivo que se aproximaram de Diego. Em sua classe, percebia alguns garotos mais folgados, “descolados”, espaçosos e cheios de gírias; são estes, que tentariam absorver Diego para o seu grupo. Vieram até ele bem camaradas e engraçados, Diego gostou e passou a conversar com eles. Mal passaram-se dez dias e esse grupinho resolveu mostrar o que curtiam fazer, usar drogas. Diego recusou participar disso e argumentou que não gostava de usar drogas. Os garotos do grupo que gostaram de Diego ficaram um tanto decepcionados com a rejeição, porém, entenderam-no e continuaram falando-se embora com menos intensidade.
Dentro de pouco tempo, Diego - mesmo de longe - foi conhecendo cada colega de classe através das atitudes dos mesmos. Alguém lhe havia chamado mais a atenção, não só pelas atitudes como pela sua exuberante beleza; ela era loira, olhos castanhos, por volta de 1,65m de altura e um corpinho legal, seu nome era Loren. Foi aos poucos se interessando por ela; na verdade, Loren era para Diego uma motivação e estímulo para ir à escola. Momentaneamente, apenas a observava - queria conhecê-la mais, queria descobrir certos pontos a investir, assim teria maiores chances e garantias, mas, faltava-lhe um detalhe: trocar palavras com ela.
Loren não era lá uma flor que se cheirasse, andava com gente da pesada, bagunçava, “cabulava” aulas, discutia com professores... Na escola, as carteiras da sala de aula eram dispostas em fileiras de duas carteiras juntas. Diego sentava do lado de uma garota amiga de Loren chamada Natália. Certo dia, Loren acaba discutindo com o professor e este, dá-lhe uma bronca e a muda de lugar colocando ao lado de alguém bem quietinho, Diego. Foi certamente inacreditável para Diego, afinal, qual garoto nunca quis fazer trabalho ou simplesmente sentar-se ao lado da garota mais bonita da classe? Ele ficou um tanto bobo e mal sabia como se comportar à sua frente. Para felicidade dele, o professor disse a Loren que ela se sentaria naquele lugar por um bom tempo na aula de qualquer professor.
Passados alguns dias, inevitavelmente os dois conversariam ou alguém iniciaria uma conversa, afinal, não ficariam mudos um do lado do outro por tanto tempo. O diálogo começou com coisas óbvias e bobas como dizer que o dia estava chato e pedir a borracha emprestada. Criou-se um pequeno laço de amizade, conversavam, atividades em dupla faziam juntos, enfim, faziam várias coisas embora nenhuma delas fosse algo espetacular. De certa forma, Diego podia estar meio bobo, porém, ficava esperto sabendo que tornando-se muito amigo de Loren, respectivamente, suas chances - que já eram poucas - se esgotariam. Juntamente investiu em si próprio tentando chamar-lhe a atenção. Contudo, cabeça feminina ninguém entende e não havia como Diego sequer deduzir o que Loren pensava sobre ele, agora que estava mudado, apesar de ter ouvido de Natália que aquilo não seria o suficiente.
Diego sabia - mesmo que superficialmente - o tipo de garoto que agradava Loren. Decidiu observá-la atentamente na relação para com os outros, assim, obteria suas próprias conclusões. Após muito observar, concluiu que Loren realmente se interessava por garotos que usavam drogas e coisas do gênero, não a compreendia, mas começou a pensar na ideia de enturmar-se com aqueles tipos de garoto, por inúmeras pequenas razões que geraram uma grande e boa razão para ele, mas que na verdade, fazia uma das piores escolhas da sua vida. Loren tinha um namorado com esses determinados atributos, seu nome era Paulo. Friamente, Diego pensou consigo que o namorado de sua amada, em questão de beleza, não era algo espetacular e que ele próprio não deixava nada a desejar em relação a ele. Diego sabia o que faltava para ele se equivaler ao seu rival. Em sua cabeça criou uma simples equação de que se passasse a usar drogas, atingiria o patamar alcançado pelo namorado de Loren e que em relação à beleza, sobressairia ficando melhor que ele e provavelmente chamando mais a atenção da garota.
Diego olhava Loren com uma profundeza inquietante no olhar, era de deixar qualquer garota ao menos ressabiada... Às vezes, Loren correspondia o seu olhar fazendo com que o corpo todo de Diego estremecesse como alguém que sente receio de um sentimento que nunca antes o sentiu. Apesar disso, Loren continuava comprometida com Paulo. Era algo um tanto imperceptível e desconhecido para as demais pessoas, mas o relacionamento de Loren era intimidante para ela. Sabia que se pensasse em terminar tudo com Paulo, teria sérios problemas. Loren também usava drogas - embora não consumisse em grande escala, era dependente. Ela não gostava que soubessem da sua dependência, tinha consciência que era errado, mas em sua mente acreditava que não poderia fazer nada. Diego passa então a usar drogas e tenta fazê-lo de uma forma que Loren perceba, finalmente ela percebe, mas parece não acreditar. Diego - agora usuário - pensava que estava a um passo de conquistar Loren, triste engano: Ele estava errado.
Passadas duas semanas, Loren confusa com a atitude de Diego e ele, sem compreender por que ainda não havia ocorrido progresso e se afundando cada vez mais, fazia com que houvesse um impasse psicológico deixando um clima conflitante entre ambos. Sentada ao lado de Diego na sala, Loren não dava sinais que gostava do que ele estava fazendo, a qual atitude ou falta dela, incomodava e entristecia Diego deixando-o parcialmente desesperado. Diego não sabia o que fazia de errado, pensava nisso todo instante e nos seus solitários fins de tarde, articulava planos e atitudes a tomar em relação ao problema. Após muito pensar, estava à beira da conclusão de conversar seriamente com Loren, mas também sabia que se o fizesse corria o risco de ser confrontado por Paulo - o que por sinal não era nada favorável pela periculosidade que ele transmitia. Para sua sorte, ou não, Loren tomou a atitude do diálogo antes que ele. Quando aquela loirinha linda disse a ele que queria conversar, ligeiramente pensou que seria o pedido de namoro oficial, ou no mínimo, uma cantada ou indireta. Estava novamente equivocado. Ela disse que não o conhecia suficientemente, mas que não achava característico de sua personalidade fazer o que ele estava fazendo. Perguntou por que usava as drogas, ele respondeu com um argumento que passava a mensagem de que isso era a coisa mais normal do mundo. Loren balançou a cabeça como quem não aprovasse o que ouvia, logo, aconselhou-o a não fazer mais isso e desistir o mais cedo possível antes que a dependência o dominasse. Foi um choque para Diego, sua boca não disse nem mais uma palavra naquele dia após aquele momento. Refletiu constantemente... - Percebeu a besteira que fazia. Como não estava totalmente dependente e o efeito que a droga lhe trazia ainda não era um dos mais fortes, - apesar de ser difícil - decidiu abdicar de um amor de adolescente e dar valor à sua vida, mesmo que esse amor fosse verdadeiro e o mais intenso que já viveu em sua curta vida. Apesar de pouco tempo consumindo as drogas, não foi tão fácil de largá-las; com muita vontade e determinação, felizmente conseguiu embora sentisse altos picos da vontade de consumi-la.
Diego agora tentava ser indiferente a tudo - essa era a forma que encontrava de tentar esquecer tudo o que aconteceu. Conversava apenas com Natália, que lhe dizia para não se preocupar e que nessas horas era bom ter pelo menos mais umas três opções. Diego fez uma cara esquisita após ouvir aquele conselho, ainda mais vindo de uma garota. Enquanto isso, Loren seria levada ao fundo do poço pelo seu extraordinário e idiota namorado. Dependente e intimidada por Paulo, Loren praticamente fazia tudo que ele pedia e sugeria. Com a monotonia de sempre usar as mesmas coisas e não sentir aquela sensação de “Como a primeira vez”, Paulo decidiu passar a usar o crack, e claro, queria levar Loren junto com ele. Loren - depois de convidada por Paulo - resistiu no começo, mas com medo dele e receio de como seria sem alguém para encobrir suas burradas e fornece-lhe a droga, acabou aceitando a proposta de seu namorado. Loren era muito mais fraca que Paulo, o uso da droga praticamente a anestesiava. Com frequentes usos, a loirinha amada de Diego estava diferente e aérea, não parecia mais a mesma de antes. Certo dia, acompanhada de Paulo e consumindo a pedra, Loren passa mal e desmaia na calçada tento leves convulsões. Já Paulo - assustado - a abandona num ato revoltante. Voltando do shopping - tomando um delicioso sorvete de creme com confetes coloridos de chocolate - Diego e Natália se deparam com Loren desmaiada na calçada. Ao ver a cena, no mesmo instante eles deixam cair o sorvete e vão socorrer sua amiga. Ligam para o hospital e chamam uma ambulância ao mesmo momento em que ligam para a família avisando sobre o ocorrido. Preocupados, Diego e Natália vão para o hospital dentro da ambulância junto com Loren. No hospital, encontram-se com membros da família de Loren e estes, os agradecem por terem a ajudado. Esperando por respostas, a família acompanhada de Diego e Natália ficam apreensivos. Finalmente surge o médico com notícias, para o alívio de todos. Ele diz que está tudo bem com ela e que foi apenas um mal-estar causado pela ingestão de alguma substância que o corpo rejeitou. A família - insistente - pergunta o que realmente aconteceu, qual substância ingerida por Loren que provocou o mal-estar; o médico vendo-se sem saída e consciente de que não poderia esconder nada, confessa e diagnostica que ocorreu uma pequena overdose com Loren pela suspeita do consumo de crack.
Todos da família ficam espantados, foi um impacto gigantesco. Como poderia passar pela cabeça deles que sua filhinha bonitinha, loirinha, tão bem educada, era usuária não só de drogas em geral, mas do crack especificamente. Chegou ligeiramente a passar por suas cabeças que os dois que a acompanhavam tinham alguma coisa a ver com a situação de Loren. Por conhecer Natália e também sua família, a mãe de Loren descartou essa possibilidade embora tivesse que considerar tudo. No dia seguinte - com alta recebida - Loren foi para casa repousar. Sua família finge não saber as causas dela ter passado mal, esta, procurava ocultar isso ao máximo por planejar internar Loren em uma clínica de dependentes químicos. Três dias depois, Loren estava apta a voltar para escola, nesta, encontrou os seus dois “salvadores” e agradeceu-os com louvor. Loren perguntou o que havia acontecido no dia que passou mal e também sobre Paulo, porque afinal, não se lembrava de nada. Diego e Natália contaram onde e como a encontraram. Extremamente agradecida, Loren não conseguiu pronunciar palavras para agradecer seus amigos, o máximo que conseguiu expressar foi um obrigado num tom de sussurro. Sabendo que foi abandonada por Paulo naquela situação, seus olhos finalmente abriram e ela percebeu que com aquele cafajeste não poderia contar em absolutamente nada. Sem medo e decidida, não deu mais importância para Paulo e independente do que ele fizesse com ela, estaria certa que qualquer atitude seria mais louvável que ceder para ele outra vez. Em dado momento - com a maior “cara-de-pau” do mundo - Paulo se dirigiu até ela e perguntou se estava tudo bem. Loren desprezou-o friamente além de dizer muitas verdades, as quais deixaram Paulo sem reação e do tamanho de um ratinho indefeso. Aliviada por desabafar na cara de Paulo, Loren apegou-se com as duas pessoas que sempre lhe apoiaram. Sente-se lisonjeada por possuir a amizade daqueles dois extraordinários amigos; agora que estava mais ligada a eles, pediu conselhos, sugestões, marcaram de sair... Loren começou retomar sua vida normal, porém, sentia falta da droga. Em uma recaída, ela consumiu o pouco de entorpecente que lhe sobrara desde a última compra, fazendo com que os sintomas e efeitos reaparecessem e seus pais notassem a alteração no seu comportamento. Com a ideia de internar Loren cada vez mais distante por acreditarem que o choque de passar mal iria fazê-la pensar melhor, a família ao vê-la notavelmente diferente pelo consumo da droga, estuda seriamente se a internarão realmente ou não. Ao saberem dessa recaída, Diego e Natália procuram Loren e tentam mostrar pra ela a grande besteira que ela estava fazendo, dizem a ela que estava se destruindo e que era triste para um verdadeiro amigo ver seu parceiro afundando-se cada vez mais. A questão é que Loren compreendia, tinha consciência que o que fazia era errado, mas apenas a consciência não era o suficiente para ela ter forças e largar o vício. Diego - que havia conseguido plausivelmente livrar-se das drogas - decidiu tentar implantar estímulo dento de Loren para ela deixar o vício, pois foi desta maneira, que ele o havia largado. Nesta tentativa, ocorrer-lhe-iam várias saias justas, porque o que Diego contaria para Loren seria toda ação em torno de suas atitudes para conquistá-la, tanto em relação à sua inserção no mundo das drogas, como a motivação para largá-lo mesmo que tivesse de desistir de algo tão mágico e grandioso para ele. Tentou contar de uma maneira que não subentendesse que estava apaixonado por alguém, no entanto, com vários arrodeios, momentos de nervosismo e suadeira nas mãos, ficou evidente que Diego escondia alguma coisa. Exatamente como há algum tempo havia perguntado, Loren o questionou porque ele entrou nas drogas, achava que não havia o porquê de extrema e tola atitude. Sem saída e querendo expulsar aquele sentimento amoroso de uma vez por todas, Diego contou a Loren toda verdade. Completamente sem reação, Loren ficou paralisada na frente de Diego sem exprimir uma palavra ou respiração. Diego, pensando que poderia estragar a amizade entre os dois, em um ato impulsivo disse que este sentimento não existia mais. Mesmo impactada, Loren tomou postura e pediu que Diego continuasse o que estava falando e que a citasse na história da maneira que ele quisesse, pois queria realmente saber o que passava em sua cabeça. Diego concordou. Após essa reflexiva conversa, Loren saiu muito diferente em relação quando esta se iniciara. Pensativa, agradeceu Diego e tornou à sua casa.
Deitada em sua cama, Loren refletiu sobre a conversa com Diego. Sentia-se importante e balançada por alguém ter feito o que fez apenas para chamar sua atenção. Começa a pensar se tivesse notado esse amor de Diego, como tudo poderia ter sido diferente. Concluiu e depois discordou-se várias vezes. Chegou ao abismo da certeza que não aceitaria Diego, pelo motivo que não queria influenciá-lo e levá-lo para o mau caminho, e logo ele, que era um garoto extraordinariamente bom e legal na visão dela. Ao chegar a suas confusas, mas criteriosas conclusões, Loren entristeceu-se por lembrar-se daquela frase dita por Diego de que aquele amor por ela não existia mais. Isso martelou fortemente sua cabeça porque na verdade, ela queria que esse amor ainda existisse, mesmo que não tivesse plena convicção disso. Sem perceber, havia encontrado a motivação que tanto lhe faltava, o sentimento de carinho e paixão. Também confuso, Diego não sabia se estava arrependido ou se tinha feito a coisa certa por ter dito que não gostava mais de Loren. Nas primeiras vezes que se viram após aquela bendita conversa, Diego permaneceu como sempre, mas Loren, embora tentasse não o fazer, olhava Diego de uma forma diferente. Nas três primeiras vezes que esse fato ocorreu, Diego achou normal; da maneira que aqueles olhares que pareciam esconder algo se sucederam, acabaram por deixá-lo pensativo. Sabendo que um olhar era verdadeiro e este, mostrava o que uma mente oculta e dizia o que uma boca não tem coragem de dizer, Diego decidiu retribuir-lhe o olhar. Essa novela de olhares se prolongou por pouco mais de uma semana e Natália -coitada - percebia, mas ninguém lhe contava nada. Quase que simultaneamente por consequência de tantos olhares, tanto Diego como Loren pensavam em se declarar um ao outro. Quando se sentiam praticamente preparados, veio o choque: A família de Loren sentenciou que ela fosse internada em uma clínica para dependentes químicos. Os pais, após a recaída de sua filha, quiseram que isso nunca mais acontecesse e, sem a consciência dela, internaram-na. Alvoroçada e desesperada depois de receber a notícia de seus pais e estes, dizerem que os médicos já esperavam por ela, Loren ligou para sua amiga Natália e contou de maneira turbulenta o que estava acontecendo - esta era uma situação muito conturbadora para uma adolescente de apenas 14 anos. Ao término da ligação de Loren, Natália ligou imediatamente para Diego e combinaram de ir direto se encontrarem na frente da casa de Loren. Chegando lá, viram-na sendo levada. Tristes e sem capacidade nenhuma para interferir, os dois seguraram o choro vendo a tristeza estampada no rosto de sua amiga. No último ato, Diego com um nó na garganta e um soluço de longe gritou: “Sabe aquilo que eu disse de não possuir mais aquele sentimento? Era tudo mentira. Você é a única. Sempre foi. Você é a loirinha da minha vida!...” Com um leve sorriso após ouvir isso, Loren foi levada pelos médicos. Ela foi levada para um lugar que seus verdadeiros amigos nem imaginam onde poderia estar, deixando-os sem notícias daquela amizade e daquele amor - no caso de Diego - que tanto marcou-lhes suas vidas.
Diego e Natália apegaram-se demais após a internação de Loren. Sentiam-se como só tivessem um ao outro. Sempre que podiam, iam à casa dos pais de Loren para saber notícias, mas o máximo que ouviam era que estava tudo bem. Três meses após a internação, os dois ficaram sabendo que a família de sua querida amiga havia se mudado da cidade, e agora, as suas raras informações tinham por realidade se extinguido. Suportar a ideia de não verem mais sua melhor amiga e seu amor era difícil, mas tiveram que viver dessa forma. Queira ou não, era predestinado desde o momento que Loren começou a usar drogas, que um dia isso voltaria contra ela além dela só perceber e tentar corrigir o erro tarde demais. Sobre Loren, teve que recomeçar outra vida em outro lugar longe de sua amiga Natália e do seu amor, agora concreto e convicto, Diego. Restou-lhe o arrependimento das drogas, extrema mágoa dos pais e a saudade daqueles que muito a amavam, mas esse caminho foi apenas uma consequência de uma escolha tomada por ela, em que a tristeza desse erro consiste no exemplo para ela pensar muito bem nas outras decisões que tomará ao decorrer de sua vida.




Agradecimentos
"Agradecemos a todos que ajudam e nos dão força no dia-a-dia. Aqueles que fazem nossos dias serem melhores apenas com uma palavra, um olhar ou um sorriso. Agradecemos nossos pais por nos educarem, ensinarem o caminho certo e a não desistir nunca. Agradecemos aos amigos e namoradas por nos fazerem felizes e adorados a cada dia e a todos os professores e pessoas que nos alimentam com conhecimento, pois, sem este, não seríamos ninguém.”

:: Exposição :: Oca Maloca


Por Adriano Marques e Maria Cecília Góes

Maria Tomaselli mostra o desejo antigo de construir uma conexão da arte e da arquitetura por uma simples oca (moradia simples feita de palha por indígenas).
Sua escultura, que também é uma habitação, possui 10 metros quadrados e suas cores são muito vivas. Dentro da oca acontece apresentação de um grupo artístico de 40 membros: o mestre Iberê Camargo, a artesã Dona Dalva, os pintores Glauco Pinto de Moraes e Victor Arruda.
A exposição não visa apenas mostrar a oca como um simples objeto, e sim como um encontro de obras artísticas para a sua contemplação.
Por ser uma oca, ao entrar no espaço dá a sensação de familiaridade com todo o mundo artístico encontrado nele, atraindo os visitantes e fazendo o trabalho de interação como público.

Informações:
CAIXA Cultural São Paulo - Galeria Octogonal Praça da Sé, 111 – Centro Até dia 17 de Outubro De terça a domingo, das 9h às 21h. Tel: (11) 3321-4400 Gratuito.

:: Teatro :: Zorro - O Musical


Por Anna Paula Souza

Nada melhor que assistir a uma peça teatral onde mistura momentos de ação, suspense, emoção e comédia em um único lugar.
O musical foi baseado na obra de Isabel Allende, onde conta a história do jovem Diego que morava na Califórnia e depois de ir para Barcelona desistiu da escola para juntar-se ao grupo de ciganos.
Enquanto isso, Ramon, seu irmão, passou a governar em lugar do pai, tornando-se uma pessoa fria e imatura. Luíza (interpretada por Camila Camargo) era o antigo amor de infância de Diego e, indo para Barcelona encontrou Diego e pediu sua volta.
Diego então foi ao encontro de seu passado, juntamente com o grupo de ciganos e Inês, a líder dos ciganos, e apaixonada por ele.
Vendo de perto a crueldade do seu irmão, Diego criou um herói para seu povo, batizando-o de ZORRO.
O espetáculo é rico em canções e coreografias lindas e bem executadas; os artistas envolvem os espectadores com olhares profundos e levando-os a uma noção realista da história.

Informações: Teatro das Artes Avenida Rebouças, 3970 Até 31 de outubro Sextas e Sábados: 21h e Domingos: 19h www.zorromusical.com.br

:: Exposição :: Museu de Arte Brasileira (MAB-FAAP) - Multimídia Tékhne


Por Paola Penna e Thais Oliveira

O Museu de Arte Brasileira expõe Tékhne, palavra grega que significa arte, maestria e destreza. A exposição é dedicada ao professor Walter Zanini, que lecionou na FAAP e foi ex-diretor do MAC-USP, considerado um dos mais importantes críticos de arte do Brasil.
Nesta exposição juntou-se a arte com a tecnologia com intuito de fazer com que os visitantes participem da tecnologia nas práticas artísticas abrangendo seu conhecimento, assim mantendo a atenção e curiosidade das pessoas.
São expostas várias obras com base histórica, misturando a arte, a ciência e a tecnologia em obras únicas, fazendo o público utilizar sua imaginação, desenvolvendo a crítica e observando a arte com outros olhos.
Com esta exposição você vai além da realidade utilizando a mente e o corpo, proporcionando a emoção de saber como a tecnologia e a arte se unem para criar grandes trabalhos.

Informações: Até 14 de novembro Rua Alagoas 903- Higienópolis. De terça a sexta, das 10 às 20h. Sábados, domingos e feriados, das 13 às 17h.

:: Exposição :: Segredos de Siron Franco


Por Aline Carvalho e Rubens Santos

Siron Franco é um pintor, escultor e desenhista goiano, nasceu em 1947 e iniciou sua arte já na adolescência em Goiânia, vendendo retratos. Sua arte preza o surrealismo e ele se utiliza de cores fortes para enfatizar o drama em suas mais de 3.000 invenções. Suas obras são humanas e quase assustadoras, pois mostram a realidade do ser humano, apesar de seu estilo, de formas diferentes e impactantes e isso o fez ser reconhecido internacionalmente.
Este artista mais do que completo, atualmente está expondo suas obras no Brasil, mais precisamente no centro de São Paulo na Caixa Cultural - Galeria Vitrine da Paulista. Nesta exposição encontram-se quadros e esculturas, todas com um significado singular, passível de interpretação de qualquer um que aprecie sua arte. Obras que merecem destaque são a tela “O Primeiro Segredo”, feita em 2001, é coberta de carvão e tem 17 CDs colados que exprimem a idéia de uma chave magnética de um hotel em que Siron se hospedou na Venezuela e também a obra “Segredo Número 21” que possui em suas traves imagens dos santos populares católicos.
O título desta exposição é "Siron Franco - Segredos - Pinturas Esculturas", é a primeira vez, depois que ficou conhecido, que esse renomado artista expõe no Brasil.

Informações: Caixa Cultural – Galeria Vitrine da Paulista Av. Paulista, 2083 - Cerqueira César - Centro. Telefone: (11) 3321-4400. Entrada Gratuita Até 16 de Outubro Das 10h às 21h.

:: Teatro :: O Colecionador de Crepúsculos


Por Anna Paula Souza

Uma peça teatral repleta de grandes emoções que abrange vários contos de Luís da Câmara Cascudo.
O espetáculo apresenta contos como O Compadre da Morte, onde um caipira oferece seu filho para ser batizado pela morte e como presente é considerado com o passar do tempo um privilegiado médico na cidade, e passa a enganar a morte com várias trapaças.
A Velha Amorosa, que retrata a inocência e o descaso de uma pobre velinha iludida por um jovem menino que para casar-se com ela estabeleceu uma prova torturante, onde não gerou resultados agradáveis; O Marido da Mãe D’água, que conta a história de um homem muito rico que por muito tempo viveu com sua amada deprimida e com o tempo perdeu ela para os mares; A Menina Enterrada Viva, onde aborda a maldade de uma madrasta invejosa e um pai super ocupado, que só depois de perder sua filha percebeu quem era a pessoa que estava ao seu lado, e graças aos homens que trabalhavam em seu jardim recuperou sua filha enterrada, a Formiguinha e a Neve, um dos contos mais engraçados do espetáculo, onde aplica a utilização de fantoches.
A peça tem uma mistura de crença, costumes, religião e tradições. Um espetáculo humorista e muito envolvente, ganhador do prêmio FEMSA de teatro, inspirado na obra de um grande mestre da cultura brasileira que é Luís da Câmara Cascudo.

Informações: Teatro Shopping Frei Caneca, sábados e domingos às 16h Ingressos R$40,00 (R$20,00 meia entrada)

Site:
www.ocolecionadordecrepusculos.com.br

:: Teatro :: Reestreia do espetáculo “Alice através do Espelho”


Por Amanda Andrade e Caroline Flor

“Alice através do espelho” escrito pelo autor inglês Lewis Carroll, foi a segunda obra que o autor publicou sobre a pequena menina lunática e de imaginação fértil. Diferente do livro “Alice no País das Maravilhas”, esta versão tem como cenário um tabuleiro de Xadrez no mundo do Espelho, onde Alice passa por várias aventuras, conhece personagens super bizarros e tem o objetivo de chegar até a terceira casa para tornar-se uma rainha (colocando-se no lugar de uma peça de xadrez).
O clássico citado acima virou peça teatral e do dia 2 a 19 de setembro ficou em cartaz no teatro do SESI. A peça “Alice através do Espelho” na opinião de muitos que assistiram ao espetáculo, recebeu este nome apenas para atrair um grande público, foi dirigida por Rubens Veloso e produzida pelo Phila7. A obra de Lewis Carroll foi ridicularizada, em nenhum momento o foco foi “Alice através do Espelho” na peça não houve xadrez, não houve espelho, rainha, personagens extraordinários e algo que realmente representasse a bela obra escrita pelo autor inglês.
A façanha de Rubens Veloso teve como objetivo mostrar a tecnologia, a menina Alice fugia de casa e deixara um bilhete no espelho para sua irmã que criou um Blog para encontrar a pequena fugitiva. A única semelhança da peça com o livro é o nome do Blog que chama-se Wonderland e, mesmo assim esse nome faz parte do livro “Alice no País das Maravilhas”.